Hub Insights | Novembro 2023

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SERÁ QUE TUDO PRECISA SER CONECTADO À INTERNET? A Internet das Coisas (IoT, de Internet of Things) trazia uma promessa de conectar tudo à Internet. Desde meados da década passada, não foram poucos os produtos que chegaram ao mercado prontos para serem conectados à rede WiFi para uma casa completamente conectada: lavadoras de roupa, geladeiras, …

SERÁ QUE TUDO PRECISA SER CONECTADO À INTERNET?

A Internet das Coisas (IoT, de Internet of Things) trazia uma promessa de conectar tudo à Internet. Desde meados da década passada, não foram poucos os produtos que chegaram ao mercado prontos para serem conectados à rede WiFi para uma casa completamente conectada: lavadoras de roupa, geladeiras, TVs, lava-louças, lâmpadas… Mas a notícia é que metade dos produtos vendidos com esta capacidade estão offline. Por que será?

OLHA, ISSO É INTERESSANTE…

Fabricantes admitem os números – divulgados pelo WSJ no começo do ano – mas avisam que continuarão criando produtos para que tudo em nossas casas possa ser controlado pela Internet, por um app ou que diferentes eletrodomésticos se conectem e interajam.

PORÉM…

Se o consumidor não entende o benefício de ter um eletrodoméstico conectado, pode ser que o benefício não tenha sido bem comunicado. Ou, ainda, que se o consumidor precisa separar roupas coloridas das brancas, encher a máquina e dosar o sabão, é certo que apertar um botão na própria máquina é o menor dos problemas para fazê-la funcionar. Fica a reflexão: talvez nem tudo precise de um app, talvez nem tudo precise estar conectado.

REVIRAVOLTAS NO MUNDO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Não se falou em outra coisa: Sam Altman foi demitido do cargo de CEO da OpenAI, a empresa que assombrou o mundo neste ano com as capacidades surpreendentes do ChatGPT. Depois de protestos públicos dos funcionários, ele foi readmitido menos de uma semana depois. E o conselho da empresa é que teve diversas trocas.

OLHA, ISSO É INTERESSANTE…

O tema Inteligência Artificial – que dominou o noticiário de tecnologia neste ano – continua quente. A especulação de que Sam Altman poderia ser contratado pela Microsoft fez as ações da big tech dispararem. Por isso, todas as empresas tentam de alguma maneira se relacionar com o assunto.

PORÉM…

O conselho da OpenAI tentava conciliar o negócio com uma organização sem fins lucrativos para a promoção de uma Inteligência Artificial responsável. As recentes guinadas indicam que estas preocupações talvez se tornem menos importantes que o sucesso dos negócios.

“USAMOS MODELOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL” COMO DESCULPA

Você já deve ter testado uma aplicação de Inteligência Artificial e se deparado com uma resposta equivocada. E isso acontece porque “a máquina está sempre aprendendo”, certo? Nem sempre: um processo coletivo nos EUA contra uma grande seguradora de saúde indica que o seu modelo preditivo para a análise de tratamento indicado pelo médico e liberação da cobertura errou em 90% das análises desde 2019. E errou, no caso, não liberando o tratamento.

OLHA, ISSO É INTERESSANTE…

Com o aumento de uso de soluções automatizadas para a análise de dados, muitas análises que levavam dias podem ser liberadas em segundos. Já funcionam assim há alguns anos as análises de crédito, de risco e tantas outras que impactam nas finanças e saúde da população.

PORÉM…

A discussão sobre viés dos algoritmos precisa aumentar no mesmo ritmo. Casos como o deste processo apontam o uso da tecnologia como um verniz para negar serviços à sociedade. Quando falamos em serviços tão essenciais, tais cálculos feitos pela máquina não deveriam ser mais transparentes?

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